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Notícias, imagens e vozes que retratam a actualidade florentina. Projecto desenvolvido por Susana Soares, repórter residente da RTP/Açores na ilha das Flores.
Teve lugar no dia 20 de maio, na cidade da Horta, a imposição das insígnias autonómicas. Esta decorreu durante a sessão comemorativa do Dia da Região, organizada pelo Governo Regional dos Açores e pela Assembleia Legislativa.
Entre as 37 personalidades e instituições distinguidas este ano com insígnias honoríficas, três pertencem ao grupo ocidental. Carlos Alberto Marques, enfermeiro, foi agraciado com a Insígnia Autonómica de Dedicação; Artur Ramos, comerciante, com a Insígnia Autonómica de Mérito Industrial, Comercial e Agrícola; a Filarmónica Lira Corvense, da ilha do Corvo, com a Insígnia Autonómica de Mérito Cívico.
Carlos Alberto Marques
Carlos Alberto Marques foi residir para a Ilha das Flores em julho de 1976, como Sargento enfermeiro da Marinha, num programa de cuidados de saúde.
Neste âmbito prestou serviço na ilha das Flores e Corvo, ao abrigo de um protocolo da Marinha com a então Junta Governativa que teve a duração de dois anos, passando em finais de 1978 ao quadro do Hospital.
Ao longo da sua carreira, desempenhou as mais variadas tarefas profissionais: internamento, urgências hospitalares, pequena cirurgia, ortopedia e cardiologia. Foi pioneiro em cuidados domiciliários e auxiliar do gabinete de medicina legal.
Enquanto vogal de enfermagem, foi dinamizador ativo da instalação de telemedicina e criou o serviço regular de teleetrocardiografia, com o centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, bem como respetivo protocolo terapêutico, ficando a Ilha das Flores com um serviço de cardiologia de excelência.
Criou ainda o serviço de Fisioterapia, a unidade móvel de saúde, consultas regulares de Pediatria e Cardiologia Pediátrica, Psiquiatria, Fisiatria, com a deslocação de especialistas do Continente às Flores.
Aposentou-se em dezembro de 2005.
Artur Ribeiro Ramos
Artur Ribeiro Ramos nasceu em 1939 em Santa Cruz das Flores e estreou-se na carreira comercial na empresa do seu pai em 1954, tendo em 1958 assumido funções de sócio gerente.
De quota em quota veio a deter 72,5% da Empresa Boaventura Ramos & Lda, sendo também o seu principal responsável.
Dotou a empresa de maior diversidade de produtos e serviços: alimentares, ferragens, mobiliário, combustíveis líquidos e gasosos. Foi mentor do desenvolvimento e modernização do comércio nas Flores, empregando centenas de trabalhadores.
A sua atividade, porém, foi para além da empresarial. Nos planos desportivo, social e cultural também exerceu funções, no Clube de Futebol União Desportiva de Santa Cruz, na Sociedade Filarmónica Dr. Armas da Silveira, na Santa Casa da Misericórdia e no Lions Clube Pérola do Ocidente, que obteve o prémio de Clube Excelência.
Foi também primeiro Secretário da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.
Filarmónica Lira Corvense
A Filarmónica Lira Corvense foi constituída em 4 de novembro de 1938, sendo a única banda existente na ilha do Corvo.
Desde a sua constituição passou por momentos difíceis, chegando a suspender as suas atividades por razões de emigração e do serviço militar obrigatório, que desfalcavam a população juvenil da ilha.
Após largos anos, a Filarmónica Lira Corvense foi reativada em 1991, com a criação de estatutos próprios e eleições.
Não tendo Maestro residente, tem contado com diversas colaborações de nomes sonantes na área musical.
Diversas atuações pontuam a sua atividade no Corvo, nas Flores e também no estrangeiro: em 1997 deslocou-se às Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra em Fall River, e em 2001 participou num intercâmbio entre Corvo e Toulouse.
Um dos seus elementos integrou a Banda Açoriana no Festival de Bandas.
Fonte: http://www.alra.pt